RMC precisa embarcar em Viracopos18/12/2009 A vocação do Aeroporto de Viracopos está definida e já existe consenso a respeito dos investimento que serão aplicados nos próximos anos para a definitiva inserção do terminal entre os mais importantes do País. O estrangulamento das possibilidades de Congonhas e Cumbica credencia o aeroporto de Campinas como a opção mais racional e viável para atender à demanda crescente de cargas e passageiros. Não bastassem as conveniências de tráfego livre de condições climáticas ruins na maior da parte do ano e a localização privilegiada, Viracopos já se mostrou forte. Antecipando as providências para elevar o seu grau de importância, o fluxo de passageiros no terminal cresceu 196% em relação ao ano de 2008, colocando o terminal da Região Metropolitana de Campinas (RMC) na agenda de embarque e desembarque de passageiros, em alternativa coerente ao tráfego de Congonhas e Cumbica. Com o ritmo de crescimento, pode-se estimar a passagem de 3 milhões de usuários até o final deste ano. A excelência de Viracopos no transporte de cargas já foi testada e os números comprovam essa vocação. A movimentação de produtos cresceu 745% em 16 anos, mostrando não apenas a capacidade operacional e logística do terminal como força do setor produtivo da região, canalizando o fluxo de materiais no que é uma das mais importantes economias do País. A necessidade de se criar uma terceira alternativa dentro do Estado de São Paulo fez acelerar os projetos que se antecipavam para Viracopos. A construção de nova pista e ampliação das áreas de serviço passaram a ser prioridade para os governos, que visualizam uma nova era nos transportes aéreos e a necessidade de infraestrutura para dar suporte aos planos de expansão da região e cobertura a eventos como a Copa do Mundo de futebol em 2014. Para sedimentar esse processo, empresários de Campinas iniciaram nesta semana uma mobilização para sensibilizar prefeitos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) no sentido de criarem áreas no entorno de 15 quilômetros de Viracopos para abrigo de atividades e centros logísticos. A diretoria regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) promoveu a primeira reunião no sentido de criação de um plano diretor regional voltado para o Aeroporto. No primeiro encontro, ficou patente o desinteresse e o descaso dos políticos regionais, aparentemente descomprometidos com a realidade da construção de um novo aeroporto que atenderá toda a região. Nenhum prefeito marcou presença e outros sequer mandaram representantes. A principal preocupação é com a descaracterização urbana perto do aeroporto que poderia comprometer o fluxo de cargas e negócios ligados a Viracopos. Segundo especialistas, se o entorno do aeroporto for tomado por módulos residênciais, Campinas corre o risco de ser uma mera extensão de desembarque em São Paulo. Essa é uma preocupação cabível e é necessário que toda a RMC embarque neste projeto que colocará Viracopos no centro das operações empresariais da região. Fonte: Jornal Correio Popular – 12/12/2009 - Opinião - Editorial.