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CIESP-Campinas recebe Inova Unicamp e aborda a Inovação e o Empreendedorismo07/03/2017Ao receber os convidados o diretor titular do CIESP-Campinas, José Nunes Filho, também membro do Conselho Superior da Fundação Fórum Campinas Inovadora – FFCi , declarou o quanto se faz fundamental o pensar metropolitano. “Na nossa região, continuamos confiantes num futuro cada vez melhor, desfrutando cada vez mais dos ricos potenciais que nos são oferecidos, avançamos muito na área de Ciência e Tecnologia, novos parques tecnológicos estão sendo implantados, novas empresas de base tecnológica aqui estão se instalando, startups surgindo e a relação entre a academia e o setor econômico está cada vez mais afinada, graças ao empenho da Inova – Agência de Inovação da Unicamp, da FFCi – Fundação Fórum Campinas Inovadora, das entidades empresariais e da classe política local.”, destacou.

arquivo sem legenda ou nomeA palestra conduzida pelo diretor executivo da Inova Unicamp, Prof. Dr. Milton Mori, enfocou o valor da interação universidade-empresa nas áreas de propriedade intelectual, licenciamento de tecnologia, pesquisa em colaboração, empreendedorismo e a respeito do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp.

“Esse relacionamento estreito com o setor produtivo vem desde a origem da universidade, com o conceito pensado pelo nosso primeiro reitor, o Prof. Zeferino Vaz. Está no DNA da Unicamp pensar em ciência pura, mas também vislumbrar a aplicação do conhecimento às necessidades do mercado”, analisou o professor Milton Mori.

De acordo com Mori, São Paulo é um Estado referência, mas ainda há muito a ser feito para alavancarmos a inovação. A palestra foi realizada pelo DITEC- Departamento de Inovação e Tecnologia do CIESP-Campinas, em parceria com a Agência Inova Unicamp.

Prestigiaram  também o evento: José Henrique Toledo Corrêa – 1º vice-diretor do CIESP-Campinas; Nelson Antônio P. Camanho – ex-diretor-presidente do UNIEMP; e Kunio Hatakeyama – ex-executivo da Bosch.
 

A Experiência da Unicamp
Fonte: Agência Inova Unicamp / Juliana Ewers

A Unicamp possui, atualmente, 1.042 patentes ativas no portfólio. O Núcleo de Inovação Tecnológica já licenciou 133 delas ao mercado. Só em 2016 foram 23 licenças assinadas. E 26 convênios de pesquisa firmados com empresas.

Entre as empresas parceiras da Unicamp hoje estão: Lenovo, Cargill, Samsung, Motorola, IBM, Suzano, Eldorado, MC1, International Paper, Pirelli, LG, L’Oréal, Petrobras, entre outras. Algumas delas, inclusive, estão hoje instaladas no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp.

A Inova Unicamp tem disponível online a plataforma Competências Unicamp, em que é possível mapear as linhas de pesquisa e os pesquisadores da universidade, e o Portfólio de Patentes, que dispõe os perfis comerciais das tecnologias da Unicamp, apresentando suas características, propriedades, aplicações e benefícios.

Além das grandes empresas, a Unicamp é também um celeiro de novos empreendimentos a partir da sua incubadora, a Incamp, que já graduou 44 empresas e tem 19 em processo de incubação. E suas empresas-filhas – aquelas cujo sócio-fundador é aluno, ex-aluno, ex-docente, funcionário, ex-funcionário da Unicamp, ou empresa que passou por processo de incubação na Incamp –, que hoje já chegam a 434 empresas ativas no mercado, empregando mais de 21 mil funcionários e com faturamento anual somado de mais de R$ 3 bilhões.
Mori finalizou sua fala comentando os eventos de inovação e empreendedorismo, organizados pela Inova Unicamp. São eles: Desafio Unicamp, Software Experience, Programa Inova Jovem e Encontro Unicamp Ventures.

Ranking

O Brasil ocupa hoje a 69ª posição no Índice Global de Inovação, de acordo com o ranking mais atualizado, divulgado no ano passado. Ainda que as primeiras posições sejam ocupadas por grandes potências mundiais, como: Suíça, Suécia, Reino Unido, Estados Unidos, Finlândia, Singapura, Irlanda, Dinamarca, Holanda e Alemanha, o desempenho brasileiro ficou aquém dos BRICS. Foi a pior performance em inovação entre os integrantes do grupo – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, segundo estudo realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o Sebrae. “O Brasil perdeu o bonde para muitas coisas. O que precisamos é priorizar o que temos de melhor, tanto de capacidade intelectual quanto técnica, e focar esforços nessas áreas para colocarmos o País à frente nesses setores”, analisa Mori.

Porém, quando se fala de São Paulo, indicadores da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) demonstram que o Estado é responsável por grande parte dos dispêndios de P&D no Brasil. Dados de 2012 revelam que 1,62% do PIB é investido em P&D. E esse valor se mantém desde 2010. A média brasileira, verificada em 2010, é de 1,1%. E retirado São Paulo do cálculo, a média do país ficou em 0,9% no mesmo ano.

“Precisamos de mais investimento em pesquisa e desenvolvimento. A preocupação com inovação deve ser constante nas empresas. Em um momento de crise, não se pode abrir mão desses investimentos porque os reflexos são sentidos por muito tempo, com uma maior perda de competitividade da indústria nacional”, diz Mori.

São Paulo conta com mais de 74 mil pesquisadores, estando 43,2 mil em instituições de Ensino Superior, 27,9 mil em empresas e 3,1 mil em institutos de pesquisa. Em 2015, R$ 27,5 bilhões foram investidos em pesquisa e desenvolvimento no Estado, segundo a Fapesp. A maior parte desses recursos – 57,2% – veio de empresas. Os governos do Estado, com 22,7%, e Federal, com 17,7%, aparecem na sequência. E 2,4%, provenientes de instituições de ensino particulares.

No que se refere à Campinas, o Prof. Milton Mori destacou o bom desempenho no Índice das Cidades Empreendedoras, elaborado pela Endeavor, em que a cidade aparece em terceiro lugar entre as cidades analisadas, ficando atrás apenas de São Paulo e Florianópolis.
 
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