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CIESP Campinas marca presença em premiação da cidade: Título de TOP 3 na categoria Ecossitema de Inovação21/03/2022O CIESP CAMPINAS esteve presente na solenidade que reconheceu o município como TOP 3 na categoria Ecossitema de Inovação, em âmbito nacional. A casa da indústria esteve representada por seu 1º vice diretor, Valmir Caldana: "Presenciamos a importante premiação recebida por Campinas, pelas mãos do Prefeito Dário Saadi a cidade recebeu o título de TOP 3 na categoria Ecossitema de Inovação. Foram realizadas 68 inscrições. O Prêmio coroa à vocação das instituições de pesquisas tecnológicas da cidade que há muito tempo investe pesado em inovação, elevando a cidade a um dos maiores polos de alta tecnologia do país. O prêmio é uma iniciativa da CNI e SEBRAE, em nossa visão, muito merecido", valorizou.
arquivo sem legenda ou nomeO CIESP Campinas representa a entidade na FFCI, como membro do Conselho Superior da  Fundação Fórum Campinas Inovadora, de forma a enaltecer a importância da articulação e da formação de redes institucionais que fomentem a competividade do município e da região, agregando assim, significativo valor à produção industrial.

O caminho para Campinas se consolidar ainda mais como um dos principais polos de inovação tecnológica e industrial do Brasil está definitivamente aberto. O município é considerado o top 3 entre as cidades mais inovadoras do país, ao ser finalista no Prêmio Nacional da Inovação, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas pelo (Sebrae).
arquivo sem legenda ou nomeFoto: Ricardo Lima

Instalação do superlaboratório que é o único acelerador de partículas do Brasil, o Sirius, no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) reforça essa vocação

Concorrendo na categoria Ecossistemas da Inovação em Estágio Consolidado com outros 68 ecossistemas de inovação de todo o Brasil, o município integra o Top 3 ao lado do ecossistema de inovação de Curitiba, Vale do Pinhão, Sri Iguassu Valley - sistema regional de inovação do Oeste do Paraná -, que foi o vencedor da categoria.

Um ecossistema de inovação é formado quando diversos agentes institucionais, empresariais e educacionais - como startups, parques tecnológicos, grandes empresas de tecnologia, associações, governo e universidades - alinham-se e trabalham com um mesmo propósito de desenvolver a inovação e a aplicação de novas tecnologias a serviço da sociedade.

Uma solenidade realizada, no dia 15 de março, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) celebrou a projeção da cidade com a conquista. Ao todo, representaram a cidade 41 agentes, entre instituições públicas, empresas privadas de pequeno, grande e médio porte, além das instituições de ensino. O resultado do prêmio foi anunciado no último dia 15 de março em São Paulo.

Para se ter uma ideia do protagonismo de Campinas em relação à inovação e tecnologia, o município conta com importantes universidades, centros de pesquisas, além do superlaboratório que é o único acelerador de partículas do Brasil, o Sirius, no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Apesar da grande demanda de postos de trabalho no setor, a cidade mais que dobrou em uma década o número de empregos ligados à economia criativa no segmento de tecnologia, segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.

Esse crescimento, inclusive, foi maior que o registrado no Estado de São Paulo e no país. Em 2011, os setores de informática e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que reúnem as empresas de tecnologia, geraram 8.671 empregos ligados à economia criativa em Campinas. Dez anos depois, o número de postos subiu para 18.115, alta de 108,9%. Comparativamente, no mesmo período, o Estado de São Paulo cresceu 28,4% e o país, 39,4% nessa área.

Na avaliação do secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico e Tecnologia, Newton Frateschi, Campinas possui um ambiente muito robusto de inovação e tecnologia. Segundo ele, é muito importante o alinhamento e a articulação entre esses agentes para que todo o setor se fortaleça. "Muitas vezes, quando esses agentes estão isolados, o sucesso deles não respinga nos demais. E, hoje, o que a gente está vendo é realmente uma inserção da Prefeitura, a partir da ação do Conselho Municipal de Ciência,Tecnologia e Inovação, na interação com a Fundação Fórum Campinas Inovadora e toda uma articulação que tem nos levado a ter um alinhamento que nos permite projetar a cidade no mapa nacional da inovação e tecnologia", declarou.

Segundo ele, Campinas já é considerada pela densidade de instituições de tecnologia e inovação, nas quais se incluem organizações muito fortes de ensino superior, um berço de novas startups de base tecnológica. "A gente já tem essa semente muito forte e, ao melhorar esse alinhamento - com o poder público ajudando no fomento dessas empresas - cada vez mais investimentos serão realizados na cidade. E, naturalmente vamos ser muito mais fortes", comentou.

Frateschi lembra que Campinas já possui muitos "unicórnios", nome dado às startups que em curto espaço de tempo se transformam em empreendimentos bilionários. "A cidade já é um berço de inovação e tecnologia, mas, com esse alinhamento, seremos um berço ainda maior. O prêmio fortalece a imagem do município como polo de tecnologia e inovação", garantiu.

Nesse campo fértil,nas últimas décadas, por exemplo, nasceram duas das dez primeiras startups unicórnio brasileiras: o Quinto Andar - maior plataforma imobiliária digital do Brasi - e a Movile - que controla marcas como iFood, PlayKids, Sympla, entre outras empresas.

No entanto, esse DNA nas áreas da ciência e tecnologia que a cidade possui também traz um desafio para Campinas, que é o de informar o cidadão comum sobre toda essa capacidade. Sobre isso, o secretário adjunto reconhece que o poder público precisa encontrar um caminho para ampliar essa informação sobre as diversas oportunidades no setor da inovação e da tecnologia à sociedade por meio de processos mais inclusivos. "A gente tem que fazer uma maior difusão, usar parte do nosso trabalho atraindo empresas inovadoras que possam ajudar o serviço público de uma forma geral", disse.

Segundo ele, apesar da geração de emprego nos últimos anos, a área de tecnologia carece de gente. "Precisamos nos tornar também um berço de formação de profissionais que possam trabalhar nessas empresas que são tão demandantes", lembrou.

Para ele, essa movimentação do poder público pode ser um fator agregador, capaz de trazer muita gente que está alheia ao mercado para se capacitar e atuar nessas empresas de tecnologia. "Tempos um problema de atração, capacitação e formação de mão de obra para que entrem nesse ecossistema e possam se dedicar, ou seja, construir essa noção de que realmente a tecnologia está ajudando a própria sociedade", concluiu.

Para Ana Frattini, diretora-executiva da Inova, agência de inovação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e que reúne empresas que participam do ecossistema Top 3 de inovação consolidado no país, a cidade merece o reconhecimento. Segundo ela, esse destaque vem coroar o trabalho de todos atores do Ecossistema de Inovação da cidade. "Da perspectiva da agência, é um reconhecimento do pioneirismo da Unicamp como universidade empreendedora, que estimula a inovação e o desenvolvimento socioeconômico sustentável ampliando o impacto do ensino, da pesquisa e da extensão", disse.

Na solenidade de ontem, que reuniu os agentes da inovação e tecnologia que fazem parte do ecossistema top 3 do país, o prefeito Dário Saadi (Republicanos), afirmou que o poder público vai trabalhar para estimular cada vez mais esse ambiente no município. "Nosso trabalho é para que o setor de tecnologia se expanda cada vez mais", afirmou.

Fonte: Matéria do Jornal CorreioPopular - 16.03.22
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