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MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES REAFIRMA COMPROMISSO DE BUSCAR NOVOS MERCADOS E ROMPER BARREIRAS AO AGRO BRASILEIRO17/02/2022Carlos França confirmou que o Itamaraty e o Ministério da Agricultura estão empenhados em abrir mercados e diversificar a pauta
Mayara Moraes, Agência Indusnet Fiesp

O ministro de Estado das Relações Exteriores, Carlos França, reiterou durante a primeira reunião do ano do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp (Cosag), realizada no dia 07 de fevereiro, que a promoção do agronegócio como motor do crescimento econômico e das exportações é um elemento central da política externa brasileira. O chanceler assegurou que a conquista de mercados inéditos para produtos agropecuários brasileiros é um objetivo permanente de seu trabalho no Brasil e no exterior.

“O Itamaraty tem se empenhado na abertura de novos mercados, no monitoramento e acesso a mercados já conquistados, bem como na diversificação da pauta”, disse França. “Os esforços do Ministério das Relações Exteriores e da Apex brasil, em estreita cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, já resultaram na abertura de mercados para as exportações do agronegócio em 47 países”, acrescentou o ministro.
Ele ressaltou ainda que a participação do agro brasileiro no mercado internacional vem sendo ampliada mediante a celebração de acordos pelo Mercosul. Durante a última presidência pro tempore do Brasil no Mercosul, por exemplo, o Brasil se concentrou em concluir as últimas pendências técnicas do Acordo Mercosul União Europeia, além de finalizar a revisão formal e jurídica do tratado envolvendo os dois blocos.

Articulações com outros parceiros também estiveram em curso nos últimos meses, com destaque para as rodadas de negócios com Canadá, Coreia do Sul, Egito, Índia, Israel, Cingapura, a União Aduaneira da África Austral e a União Econômica Euroasiática.

“A força do agronegócio brasileiro é um dos elementos que confere mais peso e maior influência à voz dos diplomatas brasileiros nas negociações econômico-comerciais internacionais”, observou França. “Quanto mais forte for o agro brasileiro, melhores serão os resultados dos nossos trabalhos diplomáticos, pois as posições do Brasil terão mais força nos fóruns negociadores comerciais”, concluiu.

Apesar do intenso trabalho de articulação com potenciais parceiros comerciais, a distorção do mercado internacional continua preocupando a equipe brasileira. As tarifas aplicadas sobre bens agrícolas são mais do que o dobro das tarifas que incidem sobre bens industriais nas economias do G20 e mais do que o triplo nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Por isso, os esforços do Ministério das Relações Exteriores brasileiro estão voltados para a limitação e a redução das formas distorcidas de subsídio à produção agropecuária.

“Uma plataforma legítima e necessária como desenvolvimento sustentável tem sido desvirtuada em certos mercados para servir de fachada, talvez, ao resgate de um discurso protecionista”, alertou França. “Nos próximos anos, percepções errôneas sobre o produto brasileiro também poderão contar com a utilização de barreiras não tarifárias de padrões técnicos, sanitários e fitossanitários, inclusive com exigência de certificação e rastreabilidade”, advertiu o chanceler brasileiro.

Derrubar barreiras – Acompanhado pelo presidente do Cosag, Jacyr Costa, e pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, o conselheiro Marcos Jank assentiu que o Brasil “precisa vender em geografias onde não chega hoje por conta do protecionismo”. Ainda segundo o empresário, é necessário agregar valor às commodities brasileiras e buscar o acesso a mercado por meio de negociações.

“Sei que o Itamaraty tem feito um esforço, mas o resultado até aqui é muito tímido”, disse Jank. “O agro quintuplicou em vinte anos sem estar coberto por nenhum acordo relevante, e nós precisamos desses acordos, precisamos retomar a política comercial”, argumentou.

Os desafios de Carlos França e sua equipe ministerial não são poucos. Do ponto de vista da indústria, pautas como diversificação de mercados, intensificação das negociações bilaterais e efetivação de acordos com parceiros globais de peso, como a Ásia, são imprescindíveis. Mesmo diante de um cenário intricado e meio nebuloso, França e sua equipe conquistaram um voto de confiança do setor produtivo.

“Percebemos que o Ministério das Relações Exteriores comprou a agenda agrícola, na medida em que colocou diplomatas a serviço do agro em todas as embaixadas, e isso é extremamente relevante”, disse Jank.

Segundo dados apresentados pelo Ministério das Relações Exteriores, o agronegócio responde hoje por 40% das vendas externas do Brasil. Em termos globais, a agropecuária brasileira está envolvida na alimentação de 800 milhões de pessoas em todo o mundo.

Hoje, o Brasil é o 4º maior produtor de grãos, o 2º maior exportador de carnes, o maior exportador de carne de frango, o maior produtor mundial de soja e o maior exportador líquido de alimentos. No total, 152 países do mundo são abastecidos por nossos produtos.
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Agronegócio responde por 40% das vendas externas do Brasil. Foto: Everton Amaro/Fiesp
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