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Economia regional continua aquecida, aponta Ciesp-Campinas02/07/2008

O Ciesp-Campinas mostrou-se otimista e afirmou que a economia regional continua aquecida, ao divulgar, em 25 de junho último, os resultados de sua Sondagem Industrial e da Pesquisa de Comércio Exterior, ambas realizadas com empresas associadas à Regional e referentes ao mês de maio de 2008. O nível de emprego industrial apontado pela Sondagem foi positivo e significou um acréscimo de aproximadamente 155 postos de trabalho na região; tal resultado foi influenciado pelas variações positivas dos setores Metalúrgico (1,48%) e Material de Transporte (0,32%). O nível de inadimplência em maio variou entre 0,0 e 1% para 79% dos respondentes. Em abril, por exemplo, essa variação foi indicada por 73% das empresas. Já o nível de ocupação em maio em relação à capacidade instalada foi de 80,1 a 100% para 37% dos respondentes. Segundo Paulo Fracalanza, coordenador do curso de Economia da Facamp, o fato de ter um maior número de empresas com uma capacidade ociosa maior pode sinalizar que as empresas estão realizando investimentos e por isso a capacidade ociosa é maior. “As empresas provavelmente estão operando com o nível de capacidade planejada mais próximo da capacidade instalada e ociosa. Assim, quando o crescimento vier, elas terão fôlego para continuar crescendo - o que é positivo”, complementa. “O empresário tem investido muito em novas tecnologias e qualificação profissional. Temos de trabalhar com otimismo e confiar que o Governo Federal vai criar ambiente favorável ao desenvolvimento do País. A Região Metropolitana de Campinas está indo muito bem. Percebemos administrações públicas, municipais, boas e fortes; em breve, vamos nos transformar em um pólo multimodal, com a ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas e a estruturação da malha rodoviária. Mesmo com a dificuldade prevista na economia em 2009, acreditamos que a RMC continuará crescendo”, destaca Natal Martins, diretor-titular do Ciesp-Campinas. Os dados de Comércio Exterior da Regional apontam um equilíbrio na balança comercial, que em maio fechou com superávit de 9 milhões de dólares. O volume de comércio exterior, isto é, a soma das exportações com as importações de janeiro a maio deste ano é 20% superior à soma do mesmo período do ano passado, totalizando uma balança comercial regional de US$ 3,605 bilhões. Mas o que ainda preocupa a Regional é o aumento da taxa de juros (Selic), que interfere no resultado de qualquer empresa. “Acreditamos que é um erro conter a inflação - que hoje é mundial e conseqüência da alta dos preços de commodities e petróleo -, com aumento da taxa de juros, porque esse aumento reprime a demanda, logo, os investimentos. Ainda é cedo para considerar a inflação atual um problema para o Brasil, pois está controlada, pelo menos, está de acordo com a meta de inflação prevista para 2008: 4,5% com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A preocupação virá se ultrapassarmos 6,5%. Uma ação positiva seria a criação de mecanismos de restrição de entrada de dólar no Brasil”, avalia Martins. “A demanda acima da produção gera a inflação, porém, estimula o investimento na produção industrial. No médio prazo a tendência é de um equilíbrio no comportamento inflacionário da economia. É um risco tentar deter a inflação aumentando as taxas de juros - o que inibe a produção industrial e estimula a entrada de dólares no País por meio de investimentos especulativos internacionais, aumentando a oferta de dólares e apreciando ainda mais a nossa moeda. Vale um alerta: é preciso proteger a moeda brasileira, pois a depreciação do dólar e apreciação do real é um fenômeno lesivo à economia do País, que inibe as exportações e prejudica a produção nacional por meio da invasão de manufaturados importados”, observa José Nunes Filho, 1º vice-diretor do Ciesp-Campinas. Comunicação Ciesp-Campinas Julho de 2008
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