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Efeitos da crise na região de Campinas15/04/2009De acordo com a recente Sondagem Industrial do Ciesp-Campinas, realizada em fevereiro com empresas associadas à Regional, pode-se afirmar que a indústria da região de Campinas continua sofrendo com os efeitos da crise econômica.
Considerando as empresas respondentes, 40% diminuíram o número de funcionários, 64% subutilizavam a capacidade instalada de produção, 48% registraram vendas inferiores, 56% apontaram queda nas taxas de lucratividade, 32% enfrentaram aumento na inadimplência e 40% enfrentaram aumento nos custos de produção.
O nível de emprego industrial na região, de acordo com a pesquisa, apresentou um resultado negativo, o que significou a redução de aproximadamente 2.200 postos de trabalho. Tal queda obedece à queda do nível de atividade tanto do mercado doméstico quanto do mercado externo.
Na região, as exportações e as importações também caíram: as exportações do primeiro bimestre de 2009 sofreram queda de 41% em relação ao mesmo período do ano passado, já as importações, redução de 53%. De acordo com a pesquisa de Comércio Exterior, realizada pela entidade, a balança comercial se mostrou positiva (196 milhões de dólares exportados e 158 milhões de dólares importados) no mês de fevereiro em razão do reposicionamento do setor eletroeletrônico, que no momento não é classificado como um crescimento sustentável.
“As exportações vão permanecer em queda. Brasil, Estados Unidos, Europa e outros países estão passando por uma fase de adequação. E provavelmente nesse processo o Brasil se consolidará na posição de país exportador de commodities. Nesse contexto, vale lembrar que o País precisa manter um certo controle das exportações e importações que poderão vir do mercado asiático”, salienta Anselmo Riso, diretor-adjunto do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas.
Ao comparar os índices deste ano com os do ano passado, a redução de todos os indicadores é expressiva e preocupante. Porém ao comparar os indicadores de fevereiro com os de janeiro de 2009, a situação não é tão dramática, entretanto não se nota forte recuperação, segundo Rodrigo Sabbatini, coordenador do Curso de Ciências Econômicas da Facamp. “No Brasil, o nível da demanda interna, sobretudo de bens não duráveis, poderá significar a manutenção de uma estabilidade econômica. Acredito que não vamos ter um PIB negativo, a não ser que a crise econômica vire uma depressão muito intensa que não seja possível segurar”, avalia.
“Enquanto esperamos que o Governo não apenas sinalize, mas também faça acontecer intensamente os investimentos em infraestrutura e habitação, nós do Ciesp-Campinas estamos promovendo oportunidades e eventos de negócios para movimentar a economia da região de Campinas. Vale ressaltar a importância da ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos à economia brasileira como um todo. Investimentos públicos certamente impulsionam investimentos privados”, afirma José Henrique Toledo Corrêa, 2º vice-diretor do Ciesp-Campinas.
Saiba o resultado completo da Sondagem clicando aqui.
Comunicação Ciesp-Campinas
Por Amanda Lima, jornalista
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