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Pesquisa aponta tendência de recuperação das indústrias na região de Campinas20/05/2009A Sondagem Industrial de março de 2009, realizada pelo Ciesp-Campinas e pela Facamp com empresas associadas à entidade, aponta o fechamento de um primeiro trimestre negativo, o pior dos últimos quatro anos. Entretanto, ao avaliar o desempenho mês a mês desse período, o mês de março último apresentou índices mais positivos (veja o resultado da pesquisa na íntegra em www.ciespcampinas.org.br/ciesp.asp em Pesquisas).
O nível de emprego industrial fechou com 1.300 demissões em março e em fevereiro, 2.100 demissões. No primeiro trimestre de 2009, as demissões chegaram a 5.400, porém, março apresentou o melhor índice. “Não podemos afirmar que vamos ter estabilidade ou contratação a partir do segundo trimestre, mas a Sondagem mostra uma tendência de recuperação”, afirma Natal Martins, diretor-titular do Ciesp-Campinas.
Outro dado que reforça esse apontamento de melhora é a mudança das expectativas dos empresários sobre os efeitos da crise econômica mundial: em fevereiro 92% dos entrevistados responderam que a crise estava afetando negativamente seus negócios e em março esse índice caiu para 65%. “Percebemos que os empresários da região estão com uma expectativa melhor em relação ao impacto da crise”, reforça Martins.
O Ciesp tem realizado eventos como encontros, feiras e rodadas de negócios para estimular a geração de negócios entre as empresas e assim permitir o aquecimento da economia na região. Os próximos eventos a serem realizados pelo Ciesp-Campinas serão Encontro de Negócios em Hortolândia no dia 21 de maio e Rodada e Feira de Negócios em 3 de junho. Clique aqui para mais informações.
Independente de ações de entidades para estimular a geração de negócios e empregos, o Brasil precisa agir com urgência na redução da taxa básica de juros (Selic) para 7% e na redução do spread bancário, defende o Ciesp-Campinas.
Ainda sobre medidas necessárias, o Comércio Exterior do Ciesp-Campinas enfatiza a necessidade de o Brasil estar atento aos movimentos da China, à questão antidumping e para continuidade da redução da carga tarifária. “O custo logístico do Brasil obrigatoriamente tem de ser menor. Temos que nos adequar à nova situação: trabalhar com estoques menores e reduzir os custos de inventário - o que consequentemente aumentará as chances de competir com os chineses na América do Sul e América Latina. Vale lembrar que o Brasil está preparado tecnologicamente e possui profissionais capacitados para isso. As empresas precisam ser perseverantes e manter o foco na redução de tudo aquilo que não agrega valor aos seus produtos”, aconselha Anselmo Riso, diretor-adjunto do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas.
De acordo com a pesquisa de Comércio Exterior realizada também em março com os associados, a queda das exportações no primeiro trimestre deste ano foi de 48% em relação ao mesmo período do ano passado e a queda das importações foi de 47%. “A queda foi drástica, mas pelo que tudo indica o mercado interno brasileiro vai minimizar esse impacto”, acredita Riso. As exportações de março último, segundo a pesquisa, fecharam em US$ 205 milhões e as importações, US$ 165 milhões.
Maio de 2009
Comunicação Ciesp-Campinas
Por Amanda Lima
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