Gestão de Riscos e Compliance: Qual o papel e a responsabilidade da alta administração04/04/2017Na atualidade, a alta administração possui responsabilidade direta na gestão dos riscos e controles considerados chaves nos processos críticos e estratégicos da empresa. A palestra que aconteceu no dia 30 de março, abarcou o emprego da chamada “Três Linhas de Defesa”, por meio da qual se impõe uma mudança radical na aplicabilidade da responsabilidade sobre o funcionamento pleno do processo de gestão de risco, compliance e controles internos.

Os especialistas afirmam que a partir desse marco, não há mais desculpas em afirmar que a alta administração não foi avisada ou não sabia. O processo é uma via de mão dupla: a alta administração tem o dever de cobrar dos gestores os relatórios e os posicionamentos, sendo que os gestores têm o dever de monitorar e comunicar o alto escalão da empresa.

Logo na abertura do evento, os diretores dos departamentos de Sustentabilidade, Luiz Fernando Bueno, e Jurídico, Valmir Caldana, afirmaram que essa é uma mudança de paradigma, já que tanto os executivos como os conselheiros saem da postura de mero espectadores para o papel de atores.

Na condução da palavra e exposição, o Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro Brasiliano descreveu o funcionamento desse fluxo de papéis e as responsabilidades através da aplicação do Benchmarking Mundial das Três Linhas de Defesa, o qual, segundo ele, estabelece claramente as funções dos donos dos processos.

“Há uma linha sucessória direta de responsabilidade, desde o conselho de administração de uma empresa, passando pela diretoria; na segunda linha através da gerência; e, finalmente, na 3ª linha, chegando aos usuários do processo. Em termos de compliance e de gestão de riscos, o processo é o mesmo, o dono do processo é o dono do risco”, pontuou o prof. Brasiliano.

Ao apresentar o case de sucesso da Libbs, o Prof. Maurício Roncato, explicou como a empresa vem se preparando, ao longo do tempo, para a gestão segura de seus processos de compliance. “Construímos as três linhas de defesa, com a participação da alta administração, permeamos toda essa linha sucessória, abordando questões relativas ao negócio da empresa, e alinhando à nossa cultura um padrão bastante sólido”.

“Ressaltamos que, independentemente do tamanho da empresa, a gestão de riscos e compliance pode e deve ser implantada de maneira gradativa, visando sempre a perenidade e a sustentabilidade do negócio, tendo como premissa que essa é uma cultura em permanente consolidação”, analisa Roncato.

Prestigiaram ainda o evento, o secretário executivo da Divisão Tributária, Ricardo Piza Di Giovanni; e o diretor de Meio Ambiente, Stefan Rohr.